sábado, julho 30

Palavras certeiras 6 - Progressiva “Boulevardização”

- Expropriação compulsiva no prazo de um ano, a favor da câmara, de todas as caves licenciadas para estacionamento e hoje ocupadas por comércio ou armazéns se, entretanto, não lhe for restituída a função original
- Pequenos silos de estacionamento de bairro que encorajem o repovoamento dos mesmos
- Progressiva “Boulevardização” (eléctricos, árvores, comércio, esplanadas, residência) das grandes vias rápidas urbanas, à medida que for diminuindo a pressão do automóvel individual

Manuel Graça Dias, Arquitecto in Que faria para melhorar Lisboa?/Público, 29 Julho 2005

quinta-feira, julho 28

Carrilho com a Comissao de Moradores

O Professor Manuel Maria Carrilho reuniu no dia 28 de Julho na JFSSP com a Comissão de Moradores para ouvir acerca dos problemas dominantes do bairro. Questões como o estacionamento, o transito, a insegurança, a reabilitação do edificado, ou a integração do bairro nos planos de pormenor da Praça de Espanha e do Campus da Universidade Nova, foram abordadas. MMC congratulou-se com os avanços efectuados no sentido da classificação do bairro, mostrou-se sensível aos problemas enunciados, nomeadamente à falta de equipamento para os jovens e crianças."Lisboa necessita de uma hierarquia de problemas", foi uma das afirmações com que se despediu da CM.

Carmona em campanha, visitou o Bairro Azul

Carmona Rodrigues visitou o Bairro Azul no passado dia 22 de Julho, a convite da Comissão de Moradores. Pode ler o resumo desta visita, na perspectiva da campanha do candidato aqui. A Comissão acompanhou-o por todas as ruas do Bairro, entrando em alguns edifícios notáveis e lojas tradicionais. Apostando na revitalização, o Professor Carmona Rodrigues foi ainda convidado a visitar um edificio onde foram realizadas diversas reconversões exemplares de escritórios em habitação.

quarta-feira, julho 27

Palavras certeiras 5- O que faz falta

"O que faz falta é ... coragem para criar unidades administrativas com proximidade das gentes e dos seus problemas reais para fazer da sua participação um valor com sentido prático, possível e governável. Coragem para criar unidades técnicas e administrativas competentes de tipo empresarial controlado pelo cidadão, de modelo novo a descobrir, a inventar, olhando para a experiência dos outros, vendo onde chegaram e por que caminhos, mas na certeza de que a monstruosidade do modelo gastador, esbanjador de recursos, empatocrata, opaco, ineficaz, tem os dias contados e quanto mais tarde mudarmos pior, mais difícil será e mais caro se tornará."

Tierno da Silva (in Público: O que faria para melhorar Lisboa?/27 Julho 2005)

sexta-feira, julho 22

O meu Bairro foi melhor ..

Carmona Rodrigues defende a criação de prémio municipal que distinga anualmente o melhor bairro da cidade. Segundo o "Público", "não se trata de beneficiar um ou outro, mas dar o reconhecimento a quem luta melhor pelo seu bairro". Muito bem, Professor. Agora é necessário definir com clareza em que consiste o reconhecimento e quais as suas virtudes, em que consiste "lutar melhor" e qual a sua eficácia. E se aprovamos e estimulamos uma cultura da exigência, da iniciativa, e da responsabilização. É dessa "politica" que necessitamos, e sabermos que participação quer a câmara dos moradores e utilizadores dos bairros, quais os comportamentos que podem resultar em mudanças eficazes das condições de vida nos bairros. Certamente não o reconhecimento de esforços inconsequentes, ou de formas de bairrismo espectaculares.

Atravessar a Rua

George Segal
(Obrigado ao JPP)

quinta-feira, julho 21

Palavras certeiras 4 - Estadio de "idiotas"

"Em suma: em termos cívicos, o urbanismo da capital continua nessa fase infantil em que a câmara municipal se propõe poupar os lisboetas à maçada de participarem nos negócios da cidade. À luz da teoria política que fundamenta a democracia, é caso para dizer que continuamos no estádio de 'idiotas', palavra grega aplicável a quem se alheia do interesse público e apenas se preocupa com o seu bem-estar pessoal".

Fernando Gonçalves, Arquitecto - in E agora Lisboa? Público, 21/07/05

terça-feira, julho 19

Palavras certeiras 3 - As Arvores

"O que faz falta são mais jardins públicos com árvores, uma boa política de investimento na estrutura verde urbana. Não se pode continuar a tapar o sol com a peneira. Neste momento estão a fazer-se estacionamentos a que chamam jardins porque se põe relva por cima. Faz-se muita publicidade quando se planta uma árvore, mas depois arrancam-se 30. As árvores na rua fazem muita falta porque a sua inexistência provoca problemas climáticos como um aumento da temperatura da cidade."

Carlos Severo - Arquitecto (in Público: O que faria para melhorar Lisboa?/19 Julho 2005)

Palavras certeiras 2 - Responsabilizaçao

"Enquanto habitantes da cidade, há que abandonar o modelo: "eles" que resolvam o assunto; enquanto autoridades, há que abandonar o modelo: importação de soluções. As cidades só podem desenvolver-se de forma harmoniosa com o envolvimento de todos: não há que ficar à espera que "alguém faça algo". E não há que ficar à espera que algum "técnico" venha com soluções milagrosas resolver os problemas da cidade. Essa coisa de ir "lá fora" buscar as soluções já deu o que tinha a dar. As soluções têm que vir "cá de dentro". Só assim se garante o envolvimento e a responsabilização das pessoas.E esse parece-nos ser o grande desafio da próxima autarquia. Os cidadãos têm que ser, eles próprios, os actores e os pilares de qualquer política urbana. "

José Calisto - Associação Para a Defesa da Qualidade de Vida na 7ª Colina (in Público: O que faria para melhorar Lisboa?/18 Julho 2005)

Palavras certeiras 1 - Desertificaçao

"Lisboa tem assistido, nos últimos anos, a um processo absolutamente curioso de crescimento: deixa-se a cidade antiga apodrecer e vamos todos embora fazer uma cidade nova ao lado. Em nenhuma cidade Europeia se verifica esse modelo de desertificação e morte do centro. E veja-se a zona envolvente ao Rossio e Praça da Figueira, toda a Baixa, Avenida da Liberdade, Fontes Pereira de Melo, Avenida da República: ocupadas por escritórios e comércio, desertificadas de habitantes. Há que parar isto, imediatamente."

José Calisto - Associação Para a Defesa da Qualidade de Vida na 7ª Colina (in Público: O que faria para melhorar Lisboa?/18 Julho 2005)

segunda-feira, julho 18

E se a nossa realidade fosse diferente ... (video)

Porticos para que? Novo sistema de Via Verde?

Foram instalados quer na Rua Ramalho Ortigão quer na Av Antonio A. de Aguiar o que parece serem pórticos com antenas para o controle de tráfego ou a via verde. Será o Bairro Azul integrado na zona de teste do novo sistema de entradas e saidas na cidade, ou para cargas e descargas? Alguem confirma esta informação? E já alguém percebeu como vai funcionar o dito sistema de cargas e descargas? Deixamos de ter lugares e passamos a ter "bolsas" ....

Trajecto Pedonal por S. Sebastiao da Pedreira

A ACA-M (Associação de Cidadãos Automobilizados) propõe, entre outros - ver mapa e Site (ACA-M) - um trajecto da Baixa até São Sebastião da Pedreira, pela Rua das Portas de Santo Antão, Rua de São José e Rua de São Sebastião da Pedreira.
Este trajecto surge entre outros, num "plano de pedonalização (parcial) de vias ou caminhos alternativos e paralelos às grande vias de atravessamento da cidade, procurando oferecer aos cidadãos trajectos em condições de conforto e segurança acrescidos, que possam revitalizar o património de fluxos de trânsito pedonal urbano e requalificar os espaços públicos da cidade."

Nós no Bairro Azul certamente apoiamos. Todos os lisboetas agradeceriam.

  • Repto Autárquicas (ACAM)
  • Acam - Nobrissima associaçao

    Via: Localidade, Rua Ramalho Ortigão, no cruzamento com a Henrique Alves, Lisboa
    Distrito: Lisboa
    Tipo de situação: falta de passadeiras ou bermas para peões
    Gravidade:
    Data de registo: 30 de Março 2003
    Comentário: Ausência de semáforos neste ponto, bem como de qualquer passadeira, o que dificulta muito a vida dos peões. Os automóveis circulam aqui a alta velocidade, resultando em choques e atropelamentos. (contribuído por Aníbal Henriques)


    Foi assim que a Acam apoiou as dificuldades de atravessamento na Rua Ramalho ortigão. Muito Obrigado. Infelizmente o problema ficou apenas parcialmente resolvido: pintou-se passsadeira para os peões, mas ficou por cumprir a promessa de sinalização vertical e redução da velocidade. Já lá vão mais de dois anos ...

    sexta-feira, julho 15

    Melhorar Alvalade, Bairro Azul e Campo de Ourique

    A ler no Público Local: Fórum Cidadania apresenta propostas para melhorar Alvalade, Bairro Azul e Campo de Ourique.Para o Bairro Azul, o fórum propõe, além de um alargamento das limitações à circulação automóvel já em vigor, a devolução da cor que lhe deu nome às persianas dos prédios. O movimento diz que há cerca de 30 edifícios, na Rua Fialho de Almeida e nas avenidas Ressano Garcia, Ramalho Ortigão e António Augusto de Aguiar, a necessitar de obras, em relação às quais defende um acompanhamento do Instituto Português do Património Arquitectónico, "de modo a que nenhuma das intervenções seja mal feita".

    Bairro Azul - A secreta decadência 3





    A secreta decadência do Bairro Azul, património da cidade, "em vias de classificação".

    Bairro Azul - A secreta decadência 2


    A secreta decadência do Bairro Azul, património da cidade, "em vias de classificação".

    Bairro Azul - A secreta decadência

    A secreta decadência do Bairro Azul, património da cidade, "em vias de classificação".

    quinta-feira, julho 14

    Bairro Azul via "satelite"


    (Imagem retirada do site Lisboa Interactiva)


    Nesta foto aérea podemos observar o formato do Bairro no seu todo, delimitado por três zonas verdes importantes: os Jardins do Palacete Mendonça (abertos ao público das 09h às 17h), os Jardins da Embaixada de Espanha (alguém sabe se serão visitáveis?) e Jardins da F.C.Gulbenkian.

    blogger2 said...
    vou saber o que se passa com os
    jardins da Embaixada. Há muitos anos havia missa ao Domingo na capela da Embaixada. O Bairro Azul ia lá em peso.

    Movimento "cidadania lx" em defesa do Bairro


    Atentado ao Patrimonio no 191 da Av António Augusto de Aguiar?
    Podemos ler no site Forum cidadania Lisboa:
    "Este magnífico prédio está a ser objecto de vandalização pelo proprietário desrespeitando as regras impostas pelo processo de classificação do Bairro Azul. O caso já foi denunciado à CML, pois as obras não estavam autorizadas, mas o facto é que o portão de acesso as traseiras já foi destruído e zona das garagens já sofreu danos irreversíveis."

    terça-feira, julho 12

    Ate Novembro, na Ramalho Ortigao


    Graças às obras no viaduto para a José Malhoa, até novembro - se os prazos forem cumpridos - disfrutamos a rua a um ritmo mais agradável e razoável, e com muito menos poluição. Vivemos um ambiente bem mais amigo das familias e das pessoas que a habitam, nela trabalham, ou por aqui passam. E não é um direito nosso? Até novembro disfrutemos pois. Eu já não saio para férias. Parto depois de o viaduto estar devidamente melhorado, para os peões que diariamente o atravessam poderem melhor saborear as vistas para o Aqueduto ( que são das melhores). Acreditam?
    Até novembro, e ao rebuliço habitual.

    sexta-feira, julho 1

    Condicionantes ao licenciamento de obras no Bairro

    O Bairro encontra-se, desde a publicação no Boletim Municipal nr. 583, em 21 de Abril de 2005, como Conjunto em Vias de Classificação. Este estatuto impede que sejam efectuadas alterações significativas nas fachadas e áreas comuns dos edifícios, como é o caso, por exemplo, de vestíbulos de entrada,poços de escadas e respectivos elevadores.

    “(…)em princípio, os projectos de recuperação de cada edifício deverão ser estudados caso a caso, com a imprescindível consulta do respectivo Processo de Obra, o que não impede que se refira que, em termos genéricos, e agora que o Bairro Azul se encontra “em Vias de Classificação”, não poderá haver intervenções que alterem significativamente a aparência exterior dos edifícios, nomeadamente quanto às cores adoptadas, as quais, na ausência de elementos informativos no seu Processo de Obra, deverão integrar-se em concordância com as existentes nas respectivas frentes edificadas.

    Ainda no geral, os elementos que compõem os vãos, tais como, guarnições, caixilharias, guardas, persianas ou portadas não deverão ser alterados, nem na sua cor nem no seu modelo; o que também é válido quanto às escadas de serviço metálicas e às caixilharias de marquises no tardoz, devendo guiar-se a sua recuperação, também e sempre que possível, pelos elementos constantes nos respectivos Processos de Obra.

    Também as áreas comuns interiores, designadamente os vestíbulos, patamares de acesso e escadas, na sua totalidade, deverão ser preservadas com a recuperação dos materiais e paramentos existentes, assim como os respectivos elementos decorativos e outros pormenores como sejam as caixas de correio, postigos, botoneiras, luminárias, portas, puxadores ou outros, os quais deverão ser recuperados e preservados o mais possível.

    No que respeita aos elevadores actualmente instalados em muitos dos edifícios deste Bairro, apresentam, em grande parte, características próprias da época da respectiva edificação, e alguns são possuidores de inegáveis qualidades estéticas e referenciais, pelo que a sua alteração, substituição ou reconfiguração da envolvente aos respectivos “poços”, efectuada sem critério, ocasionará inevitavelmente alguma perda de valor estético e patrimonial (…) A aplicação das normas técnicas aprovadas (…) para imóveis classificados ou em vias de classificação, será avaliada caso a caso e adaptada às características específicas do edifício em causa (..).

    Adverte-se ainda de que deverão ser retirados, sempre que possível, e que não se pode aceitar que actualmente ainda venham a ser colocados nas fachadas principais, elementos flagrantemente dissonantes tais como os condensadores de “ar condicionado”, antenas (parabólicas ou outras), painéis publicitários, cabos, tubagens, etc.
    (…)

    Informações sobre este assunto contactar:

    Divisão de Património Cultural
    Arqº João Reis
    Palácio dos Coruchéus
    Rua Alberto Oliveira, 1700 Lisboa
    Telef. 21 792 46 03
    Fax 21 795 17 99