sexta-feira, dezembro 1

Bairro Azul - ainda a Ramalho Ortigão…

Porque é urgente humanizar a cidade

Em Outubro de 2003 a Comissão de Moradores do Bairro Azul solicitou à CML que fosse efectuada uma vistoria técnica ao Viaduto da Rua Ramalho Ortigão. Esse pedido baseou-se na constatação da sua degradação por parte de moradores que o atravessam diariamente a pé. Verificou-se que a reparação era, efectivamente, necessária e urgente.

A partir dessa data, a Comissão de Moradores do Bairro Azul passou a insistir junto da CML para que o viaduto da Ramalho Ortigão - projecto do Eng.º Edgar Cardoso, com vistas privilegiadas para a Praça de Espanha e Aqueduto das Águas Livres – fosse alvo de especial atenção e ainda, para que as obras do viaduto decorressem em simultâneo com uma intervenção na Rua Ramalho Ortigão destinada a melhorar as condições de vida nessa rua.

Em 2005 o viaduto foi reparado e nada do que tinha sido pedido aconteceu: não só não houve qualquer cuidado em amenizar o percurso a pé pelo viaduto (pensando, designadamente, nas centenas de turistas que se alojam nos hotéis da Av. José Malhoa e que se dirigem a pé para a Mesquita, Fundação Gulbenkian, El Corte Inglês, Parque Eduardo VII, etc.), como, em relação à Rua Ramalho Ortigão, também nada foi feito, nos cerca de oito meses em que o viaduto esteve fechado ao trânsito.

A criação de percursos pedonais; de uma rotunda em frente ao Banco Popular (possibilitando a descida para a Praça de Espanha); a diminuição do número de faixas de rodagem (actualmente quatro); o alargamento dos passeios com plantação de árvores; mais passagens para peões; mais segurança nas passadeiras; a redução da velocidade máxima permitida nos Bairros Residenciais…eram algumas das medidas há muito reclamadas.

Em abaixo assinado que circulou no Bairro, e que foi também entregue à CML, voltou a insistir-se na necessidade de ser devolvida a qualidade de vida a esta rua de um Bairro Residencial, actualmente extremamente perigosa para os peões, na sua maioria idosos, e com enorme poluição do ar e sonora.

Face às notícias recentemente surgidas sobre a intenção de se reduzir a velocidade em alguns bairros de Lisboa, a Comissão de Moradores do Bairro Azul chamou a atenção da CML para o facto de estar neste momento a ser elaborado o Plano de Pormenor da Praça de Espanha – Av. José Malhoa, cuja área de intervenção inclui também o Bairro Azul, esperando-se, por isso, que o plano dê corpo a esta medida, através de um desenho urbano adequado.

É urgente humanizar a cidade. Soluções há muito testadas em outras cidades poderão e deverão ser implementadas nas nossas ruas, nos nossos Bairros. Haja vontade política para o fazer.

Comissão de Moradores do Bairro Azul

quarta-feira, novembro 8

Reuniao de moradores a 17 de Novembro | Convite

Bairro Azul | Que Futuro?
 
Atravessar a rua sem medo
Andar de triciclo e jogar à bola nos passeios
Descarregar o carro sem ser insultado
Abrir as janelas para “arejar” a casa, sem receio da poluição
Ouvir os pássaros nas árvores do Bairro
Sair à noite para tomar um café e dar “dois dedos de conversa” com os vizinhos…
 
Comportamentos e privilégios do passado?
 
No próximo dia 17 de Novembro, sexta-feira, das 18:00 às 20:00 horas, no participe no debate que lhe propomos sobre o Futuro no Bairro Azul.
Mário Alves, engenheiro, Consultor de Transportes e Gestão de Mobilidade, aceitou o convite para nos falar sobre os peões, os transportes públicos e “as causas comuns”…

Participe | Restaurante Jardim das Saladas - Ramalho Ortigão 9 | 17 de Novembro, sexta-feira, das 18:00 às 20:00 horas

segunda-feira, outubro 30

"Zonas 30"

Acima desta velocidade não vai ser possível circular nalguns bairros de Lisboa
Ana Henriques | Publico de 30 de Outubro 2006

Alguns bairros residenciais de Lisboa vão ver limitada a um máximo de 30 quilómetros por hora a velocidade de circulação automóvel.
Aplicada em várias cidades europeias, a medida destina-se a reduzir os atropelamentos e a fomentar a vida de bairro, ao mesmo tempo que melhora a qualidade ambiental, quer do ponto de vista da poluição do ar, quer da poluição sonora.
Em Lisboa, a redução da velocidade dos 50 para 30 quilómetros horários não deverá ir para a frente antes do ano que vem, não tendo a autarquia divulgado ainda em que bairros pretende iniciar a experiência. Campo de Ourique poderá ser um deles, o Bairro de S. Miguel, em Alvalade, outro. Os moradores do Bairro Azul há já algum tempo que pediram que a circulação fosse ali limitada aos 30 quilómetros horários.
O presidente da Junta de Freguesia do Santo Condestável, o social-democrata Luís Filipe Graça Gonçalves, não vê utilidade na aplicação da medida em Campo de Ourique: "Ninguém consegue andar aqui a mais de 30 quilómetros por hora, graças aos cruzamentos", explica. "Temos uma taxa de atropelamentos muito baixa. Mesmo na principal artéria do bairro, a Rua Ferreira Borges, a circulação automóvel é controlada pelos semáforos."
O presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), Manuel João Ramos, mostra-se moderadamente optimista, por temer que tudo não passe de uma "medida simbólica", perdendo-se assim a oportunidade de levar por diante algo que considera essencial quer para a redução da sinistralidade rodoviária, quer para o repovoamento da cidade, por via da melhoria da qualidade de vida dos habitantes. Há que levar em linha de conta as vantagens para o comércio tradicional, faz notar, uma vez que se torna mais aprazível passear nas zonas condicionadas - o que pode conduzir a uma revitalização dos próprios bairros.
"A redução da velocidade potencia o uso da bicicleta e da motorizada", refere Manuel João Ramos, ao mesmo tempo que defende que a medida seja estendida a vários bairros da cidade onde a função comercial tem um papel importante - as Avenidas Novas, por exemplo - e ao casco antigo.
"Portugal é provavelmente o único país da Europa onde ainda não há zonas 30", observa, numa referência à designação por que são conhecidas as áreas condicionadas. "54 por cento das vezes os atropelamentos a 50 km/hora resultam na morte do peão."
O presidente da ACA-M explica que não basta pôr sinalização vertical à entrada dos bairros escolhidos para conseguir que os automobilistas baixem a velocidade. "Se puserem lá só o sinal é o mesmo que nada. Há que introduzir medidas de acalmia do tráfego, como elevar o pavimento à entrada da zona condicionada. Mas com a falta de dinheiro para obras que há na Câmara de Lisboa e a cultura que prevalece no departamento de tráfego da autarquia...".

quinta-feira, setembro 28

RRO em "espinha"

RRO no dia europeu sem carros ... 22/09/06:

um grupo de moradores da rua apelou à mudança de hábitos de estacionamento, e muitos responderam estacionando em espinha, ao longo de 3 dias. Com alguma benevolência e passividade das "autoridades"...

E que autoridade pode ter, CML, PSP, GC, e quem mais permite que toda uma rua de um bairro no centro da cidade, muitos idosos, muitas familias, seja um prolongamento da IC19, 4 faixas, e muita recta para acelerar?









R.Ortigão nos anos cinquenta, sem hábitos de estacionamento

sexta-feira, setembro 22

Aprender a caminhar

Aprender a caminhar, conhecendo os percursos e o tempo gasto, as calorias queimadas, o monóxido que reduzimos. O encorajamento e orientação de que todos necessitamos, oferecido aos londrinos.Consultar aqui

quinta-feira, junho 1

Mercearia com 70 anos ameaçada?


Tecnicos das Actividades Económicas obrigam a remodelação de Mercearia com 70 anos, e à remoção destas estruturas em madeira originais por novas, em aluminios e vidro?

Este estabelecimento é local de encontro de moradores e ponto de paragem para muitos turistas que ao passar descobrem surpreendidos a beleza do interior.

Não será possível uma remodelação que preserve e valorize este espaço único?

quarta-feira, maio 3

Portagem à entrada de Lisboa divide especialistas

JN, 2006-05-01


A introdução de uma portagem à entrada dos veículos em Lisboa divide as opiniões de especialistas em transportes e urbanismo e de ambientalistas: para uns, esta não é uma medida prioritária, enquanto outros acreditam ser «inevitável».

Continuar a ler aqui

terça-feira, abril 25

segunda-feira, abril 24

Platanos enlutados pela quarta vez ...

Quercus atenta aos problemas do bairro

Lê-se no Site do Núcleo de Lisboa da Quercus:


"Os moradores deste bairro lisboeta, propuseram num abaixo-assinado enviado à Câmara Municipal de Lisboa, a criação de percursos pedonais e a plantação de espécimenes vegetais, na Rua Ramalho Ortigão que recentemente foi reaberta ao trânsito. Os moradores querem ver devolvida a qualidade de vida nesta via do bairro."

Obrigado Quercus

sábado, abril 1

A Política ambígua da CML para a R. Ramalho Ortigão

Pode ler-se, no Forum Cidadania:


Por um lado a CML faz questão de "gritar" para a comunicação social que está empenhada em trazer a população de volta para o centro da cidade, revitalizando e humanizando o centro urbano, mas por outro continua a insistir em sulcar os bairros de Lisboa com autênticas vias-rápidas, como é o que acontece com a Rua Ramalho Ortigão, no Bairro Azul.

Como se isso não bastasse, reabriu o Viaduto sem os arranjos necessários e reduziu os passeios a 80 cm . Isto apesar das propostas dos moradores para reduzir as duas faixas actuais para uma única com lombas permitindo o alargamento dos passeios e plantação de árvores, e dos inúmeros atropelos diários ao Código da Estrada, sendo a passadeira existente completamente opcional para quem acelera.

E não contente com isso a CML pretende agora encerrar a Garagem Glória , estabelecimento que, bem (do ponto de vista logístico) ou mal (do ponto de vista ambiental), serve o Bairro Azul há mais de 70 anos e faz parte da rede de comércio de proximidade que existe neste bairro de Lisboa.

A tentativa da CML fechar a Garagem Glória prende-se com a intenção em abrir uma 3ª faixa de rodagem na Avenida António Augusto Aguiar (sentido Praça de Espanha-Fontes Pereira de Mello no troço entre a Rua Ramalho Ortigão e Rua Marquês da Fronteira) , aumentando ainda mais a apetência dos condutores pela "via rápida" Ramalho Ortigão, desconsiderando peões e moradores , e contrariando a vontade dos moradores, em verem reduzidas as faixas de rodagem na Rua Ramalho Ortigão, expressa em abaixo-assinado.


Ana Santos e Ricardo Messias/ Obrigado Forum Cidadania

Silêncio do Metro – o que se vai passar na frente do Bairro Azul?




A proposito de auto-estradas e ambiente na cidade, ver A Morte da Cidade, graças ao Tiago Figueiredo, da Alta de Lisboa

sexta-feira, março 17

Tragam a " SNIF"

Anda por aí uma equipa da Faculdade de Ciências (U.Nova) a fazer medições de indices de poluição na cidade.

Pois bem vindos. Venham até à António Augusto de Aguiar, zona do El Corte, onde circulam, a pé, largos milhares de pessoas todos os dias.

Ficaríamos alarmados?


Poluentes - Alguns dos principais efeitos dos poluentes englobados no índice de qualidade do ar (Fonte: www.qualar.org )


Monóxido de Carbono - Inibe a capacidade do sangue em trocar oxigénio com os tecidos vitais, podendo em concentrações extremas provocar morte por envenenamento - afecta principalmente o sistema cardiovascular e o sistema nervoso. Concentrações mais baixas são susceptíveis de gerar problemas cardio-vasculares em doentes coronários (p.ex. casos de angina de peito); concentrações elevadas são susceptíveis de criar tonturas, dores de cabeça e fadiga.


Dióxido de Azoto - Altas concentrações podem provocar problemas do foro respiratório, especialmente em crianças, tais como doenças respiratórias (asma ou tosse convulsa). Doentes com asma podem também sofrer dificuldades respiratórias adicionais com estes elevados teores. É um poluente acidificante, envolvido em fenómenos como as chuvas ácidas (felizmente têm pouca expressão no nosso país), as quais acidificam os meios naturais (p.ex. as águas de lagos) e atacam quimicamente algumas estruturas, p.ex. materiais metálicos (corrosão), bem como tecidos vegetais


Dióxido de Enxofre - Altas concentrações podem provocar problemas no tracto respiratório, especialmente em grupos sensíveis como asmáticos. É um poluente acidificante, contribuindo para fenómenos como as chuvas ácidas que têm como consequência a acidificação dos meios naturais (p.ex. lagos) ou a corrosão de materiais metálicos


Ozono- É um poderoso oxidante, o que se reflecte nos ecossistemas, nos materiais e na saúde humana. Pode irritar o tracto respiratório, já que o oxida, podendo provocar dificuldades respiratórias (p.ex. impossibilidade de respirar fundo, inflamações brônquicas ou tosse). É o principal constituinte do smog fotoquímico, o qual é frequentemente associado a diversos sintomas (ver mais informações) particularmente em grupos sensíveis como crianças, doentes cardiovasculares e/ou do foro respiratório e idosos. É, frequentemente, apontado como o principal responsável por perdas agrícolas e danos na vegetação, existindo espécies particularmente sensíveis ao seu efeito tal como o Pinus Alepensis (espécie de pinheiro existente, p.ex., na Serra da Arrábida).


Partículas -São um dos principais poluentes em termos de efeitos na saúde humana, particularmente as partículas de menor dimensão que são inaláveis, penetrando no sistema respiratório e danificando-o. Têm-se caracterizado por serem, pretensamente, responsáveis pelo aumento de doenças respiratórias (p.ex. o aumento da incidência de bronquite asmática). Podem ser responsáveis pela diminuição da troca gasosa em espécies vegetais, nomeadamente através do bloqueamento de estomas. Danificam igualmente o património construído, especialmente tintas

sábado, fevereiro 11

Viaduto: abertura aos peoes


Prometida a abertura do viaduto Eng. Edgar Cardoso, na Ramalho Ortigão, a partir do fim-de-semana de 11 e 12 de Fevereiro. Hoje sábado, 11, era assim a meio da tarde:



Os passeios terão sido alargados e melhorados? O melhoramento das condições de atravessamento tem sido uma das sugestões da CM do Bairro.



O viaduto permite uma das vistas mais previlegiadas para o Aqueduto das Águas Livres, o que aconselharia algum destaque na infraestrutura em causa.




E as gentes da Ramalho Ortigão? Preparados para uma inundação de trânsito e poluição?

sexta-feira, janeiro 20

Visitantes de Janeiro



Jardins da Embaixada de Espanha | "Congresso" de estorninhos(?) nos fins de tarde de Janeiro. Pressione na imagem para aumentar e contar ...

domingo, janeiro 1

Que mais se pode fazer?

Experimentem passear na Rua Ramalho Ortigão sem prestar atenção ao que pisam, sem fazer o devido "slalom", sem trazer para casa apenas quantidades homeopáticas de merda de cão, sem cumprimentarem as dezenas (nenhum exagero) de dejectos caninos oferecidos a cada morador, a cada visitante.

OBRIGADO CARÍSSIMOS VIZINHOS PROPRIETÁRIOS DE CÃES. As ruas não seriam tão divertidas sem o vosso contributo. Também que mais se pode fazer nestes passeios sem esplanadas, ou outras formas de animação social?

Pobre Rua aqui e aqui

A lógica do Motocão/ in Público Local - 03/01/06

Existem leis que ninguém cumpre e, estranhamente, a CML não se preocupa em fazê-las cumprir. Pelo contrário, arranja alternativas (?) que todos pagamos e que desculpabilizam os infractores. Um bom exemplo é a questão dos milhares de pilaretes que poluem a cidade: é proibido estacionar em cima do passeio mas, em vez de se fazer respeitar a lei, mandam-se plantar pilaretes (pagos por todos nós), de todas as formas e feitios, tornando a cidade cada vez mais feia e hostil.

Dentro da mesma lógica, surgiram recentemente os extraordinários Motocães. Depois de milhares de contos gastos em campanhas publicitárias onde se apelava ao civismo, voltamos à estaca zero: quem cumpria a lei e apanhava os dejectos do seu cão, deixou de o fazer. Para quê apanhar a merda do cão se a CML oferece um serviço de merdo-aspiração (pago por todos nós), com funcionário encartado (pago por todos nós), que os liberta desse dever básico? À espera que o Motocão passe, a cidade assemelha-se, cada vez mais, a uma imunda retrete pública!

Neste início do ano pedimos à CML que aspire mais alto, que esqueça de vez a “lógica do Motocão”, que apele ao civismo, que mobilize os cidadãos e que faça cumprir as leis!

Ana Alves de Sousa
Moradora no Bairro Azul